julho 17, 2013

Sobre cafés, lágrimas e madrugadas.


          Ando me sentindo cada dia mais exausta disso tudo. Nunca fui daquelas pessoas que tem facilidade em conversar sobre sentimentos com alguém, ou até mesmo desabafar sobre problemas cotidianos. Mas parece que nos últimos meses isso está se tornando um problema para mim, e o fato de estar sempre transbordando sentimentos –de todos os tipos e formatos- está me deixando sufocada, como se eu já não suportasse mais essa mania de guardar tudo dentro de mim.
Antes que me julguem por simplesmente não chegar num melhor amigo e falar sobre isso, devo explicar que isso está fora de cogitação. Sou dessas pessoas que tem dificuldades em confiar assim de graça em alguém, quem dirá expor a vida desse jeito. Não é que eu não tenha amigos confiáveis, até tenho, mas acho que ninguém entenderia.
Me limito a caminhar até a cozinha, preparar meu bom e velho café, sentar numa cadeira qualquer largada em algum cômodo da casa e refletir. Ás vezes choro, ás vezes rio, ás vezes consigo formar diálogos comigo mesma e assim mesmo ainda me sentir sozinha. Meu café é meu melhor amigo nessas horas, é forte, quente, doce, aconchegante, não me julga e ás vezes parece compreender o turbilhão de sentimentos que se passa dentro de mim.
Os problemas do dia-a-dia parecem diversão perto do que estou passando. Não quero me lastimar tampouco me fazer de vítima. Só estou cansada. Acho que essa canseira não irá passar tão cedo, nem espero muito por isso. Só espero que enquanto não passar, ainda tenha café suficiente.

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