julho 08, 2013

Sábado chuvoso.

 
          Uma garrafa de whisky, um cigarro e músicas tristes no rádio. Essa sou eu hoje, embriagada na solidão. Você me substituiu muito bem, vi ela hoje e ela realmente parece melhor que eu. Você sempre teve bons gostos, exceto quando se apaixonou por mim, aliás você se apaixonou? Só queria dizer que me tornei exatamente o que repugnava, um lixo ambulante.
Olho no espelho e só vejo mentiras, estupidez, erros vulgares, uma garota perdida.
Você está feliz agora? Transformou aquela menina doce numa pessoa escrota, que fala e faz as coisas sem pensar, se arrepende, chora embriagada.
E os meus erros, meus problemas somem quando fumo aquele cigarro, quando tomo aquele velho whisky que você degustava comigo, mas eles sempre voltam no fim da noite, sempre me encontram jogada no chão do banheiro. Eu morri, meu querido, morri por dentro, morri de todas as formas que alguém pode morrer por amor. Mas não se preocupe, seu problema já está indo embora, eu estou partindo hoje a noite pra bem longe das suas mentiras, dos seus joguinhos, dos seus novos amores. Não vou voltar, dessa vez não vou, não é orgulho, é medo de morrer de novo. Espero que ela seja uma boa companhia para você, espero que ela seja o que eu nunca consegui ser, espero que ela te dê amor e carinho e te faça dormir, espero que ela seja a droga que te faça viciar e depois te largue como uma roupa velha. Não, eu não desejo o melhor para vocês, espero que vocês se fodam, do fundo do meu coração.

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