Ah, os dias longe do centro... Resumem-se na calmaria do não-fazer-nada, mesmo fazendo. Vez ou outra há alguém lavando uma calçada, deixando assim o ar mais umidificado. Vez ou outra, há pessoas simpáticas cortando a grama - ah, o cheirinho de grama recém cortada... Carros? Muito poucos; daqui, longe do centro e perto do asfalto, eles sempre desviam. Só de imaginar, eu bem que queria estar lá. Quando um vento harmonioso decide dar as caras, o barulho das folhas em atrito parece que chama: "deite, durma, vou cantar-lhe uma canção de ninar". Subindo ao segundo andar da casa, pode-se ver o sol dizendo "oi" e, posteriormente, "tchau". Ele tem voz calma e adocicada.
Ao acordar, vale a pena sair de pijama acompanhada de uma xícara de café, apenas pelo prazer do vento puro, sem qualquer resquício de qualquer outro odor que não seja meu próprio café. Isso tudo visualizando o sol que não tarda, que tem carinha de criança curiosa. De tarde, vale a pena arriscar fotografias, ter uma boa conversa e beber um chimarrão amargo. Sem esquecer de brincar com a sua criança interior, é claro. À noite é possível observar a lua envolta em um véu branco, sensata e nada tímida. E com tudo de maravilhoso que tudo isso por inspirar, ainda há a possibilidade de curtir a fantasia de uma noite sem insônia. Purifica a mente, oxigena o cérebro, pacifica a alma e traz ainda mais amor ao coração.
Eu? Eu gosto assim.
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