julho 26, 2013

Conhecidos estranhos.


          Tá tudo tão complicado, nos comportamos como dois estranhos. Não sei dizer que tipo de relação é a nossa, só sei que é bem diferente de qualquer outra que eu conheça. Me diz por que então sinto um aperto no peito, como se estivéssemos próximos do fim? Nos gostamos tanto, eu tenho certeza disso, mas somos tão opostos. Eu olho pra você e vejo uma dor nos seus olhos que não consigo descrever, uma dor de adeus, como se soubesse que não temos muito tempo juntos.
Você diz que eu mudei, que olha pra mim e não reconhece mais a pessoa pela qual se apaixonou. Isso machuca sabia? Todas essas palavras são como agulhas, colocadas uma a uma sobre minha pele, sangrando, perfurando, machucando.
Nos comportamos como se não nos conhecêssemos, mas quando pouso minha cabeça no seu peito sinto como se nossa alma fosse uma só, como se nossos corpos estivessem interligados. Então me explica o que está acontecendo, me diga que tudo isso vai passar, que ainda veremos o pôr do sol, que ainda me levará para ver as estrelas.
Estou caindo de um precipício todos os dias, você está me segurando com suas mãos, mas sinto como se estivessem deslizando, como se a queda fosse inevitável. Eu só queria entender, como se pode amar alguém dessa forma, sabendo que não temos mais tanto tempo juntos e mesmo assim não ter coragem para dar o primeiro passo até o fim de tudo.

 Só quero que saiba que eu não desejei tudo isso, que desde o primeiro toque dos teus lábios nos meus eu sabia que tínhamos nascido um para o outro. Mas o tempo passou e olha como tudo está agora, tão distante. Perdoe-me mas não tenho mais forças para lutar contra isso, só o tempo dirá o que vai acontecer conosco e quero que saiba, no meio dessa guerra toda, no meio dos escombros, meu amor ainda sobrevive.

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