Sabe, hoje choveu. Depois de
muito reclamar da temperatura, choveu. Especialmente nesses dias eu adoro ir
até a sacada, me escorar na grade e olhar atentamente. A sensação de frescor do
vento úmido tocando voluptuosamente minha pele torna isso ainda mais especial.
Dou uma boa olhada nas nuvens; sua coloração, seu comportamento, a serenidade
que as bolinhas de algodão transmitem. Aguço, sobretudo, minha visão sobre as
pessoas que fora daqui fazem diversas outras coisas. Continuam. É, c-o-n-t-i-n-u-a-m,
eu não sei e nem quero entender por que a chuva tem o poder de parar todo
mundo. Talvez eu tenha parado na infância, onde os primeiros pingos de chuva significavam
que aquela era a hora certa de sair de casa e soltar um sorriso que esboçasse o
verdadeiro eu. Talvez tenha chegado a hora de contemplar o silêncio da chuva,
não apenas seu barulho-delicioso-para-dormir. É, talvez, quem sabe. O teto
agora é protetor, o cobertor é alento, o chá inglês é companhia e o livro é
distração.
A chuva cai
lá fora
Eu caio aqui
em mim
Você é uma boa escritora, Ana. :3 Eu amo a chuva, e recentemente aqui no Rio Grande do Sul (ao menos em Porto Alegre, onde eu moro) começou a chover bastante.
ResponderExcluirAdorei seu texto. ^^
Beijos || Unlocked Land ❤
Sou do Sul também (inclusive vou pra POA no final de semana, cidade que amo <3), choveu e foi uma delícia de sensação e inspiração. Mas que bom que tu gostou!
ExcluirTeu blog é ótimo!
Beijos!