fevereiro 13, 2014

Summer rain, washed soul. (pt. 1)


          Sabe, hoje choveu. Depois de muito reclamar da temperatura, choveu. Especialmente nesses dias eu adoro ir até a sacada, me escorar na grade e olhar atentamente. A sensação de frescor do vento úmido tocando voluptuosamente minha pele torna isso ainda mais especial. Dou uma boa olhada nas nuvens; sua coloração, seu comportamento, a serenidade que as bolinhas de algodão transmitem. Aguço, sobretudo, minha visão sobre as pessoas que fora daqui fazem diversas outras coisas. Continuam. É, c-o-n-t-i-n-u-a-m, eu não sei e nem quero entender por que a chuva tem o poder de parar todo mundo. Talvez eu tenha parado na infância, onde os primeiros pingos de chuva significavam que aquela era a hora certa de sair de casa e soltar um sorriso que esboçasse o verdadeiro eu. Talvez tenha chegado a hora de contemplar o silêncio da chuva, não apenas seu barulho-delicioso-para-dormir. É, talvez, quem sabe. O teto agora é protetor, o cobertor é alento, o chá inglês é companhia e o livro é distração. 

A chuva cai
lá fora
Eu caio aqui
em mim

2 comentários:

  1. Você é uma boa escritora, Ana. :3 Eu amo a chuva, e recentemente aqui no Rio Grande do Sul (ao menos em Porto Alegre, onde eu moro) começou a chover bastante.
    Adorei seu texto. ^^
    Beijos || Unlocked Land ❤

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    1. Sou do Sul também (inclusive vou pra POA no final de semana, cidade que amo <3), choveu e foi uma delícia de sensação e inspiração. Mas que bom que tu gostou!
      Teu blog é ótimo!
      Beijos!

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