Aqui estou eu. Lendo um livro qualquer, ouvindo músicas
antigas na tentativa falha de não lembrar-me de ti. Mas como mencionei ,falhas,
tentativas falhas. Você parece gostar de vagar pelos meus pensamentos insanos
toda vez que volto a essa cidade. O ar, o cheiro, o clima, me remetem a quando
você vinha escondido na minha casa para conversarmos, nos amarmos, sermos nós
mesmos longe de toda essa vida hipócrita lá fora. Uma vida que te pertence
agora, e não precisa mais negar, eu já soube.
Você conheceu novas pessoas não é mesmo? Por isso parou de
retornar minhas ligações, você conheceu uma menina diferente, mais despojada,
mais ousada. Isso me soa meio ridículo, vindo de você que odiava esse tipo de
garota. Eu era o seu tipo de garota.
Eu insisti tanto, tentei manter contato, mas você parece não
pertencer mais a esse mundo de dramas, whiskys, cafés mornos, e sentimentalismo
barato em que vivo. Me desculpe, eu não resisti e precisei te excluir de todas
as redes sociais. Não foi por raiva, não foi rancor, não foi nada. Só foi por
tudo, por toda a dor que ainda sinto ao saber que não posso mais te chamar de
meu, por ainda me torturar ouvindo musicas que eu sei que ainda são nossas, por
ficar assistindo aquele seriado que olhávamos juntos... eu me torturo e me
odeio por isso.
Mas pode ir, eu aprendi nesse tempo todo, que você nunca me
pertenceu, que não importa o que eu diga, quantas vezes eu diga que preciso de
você, você não ficará. Entao vai, viva sua nova vida, com sua nova
personalidade, com tudo novo que você criou pra fazer parecer que eu nunca fiz
parte de você. Pode ir, eu vou tentar não me importar.
Eu ainda vou chorar muito ao lembrar de você – e acredite,
isso acontece muito- mas não importa, você não se importa. Eu ainda vou ouvir
nossas musicas, olhar nossas fotos, ver nosso seriado, sentir o seu cheiro em
todo e qualquer maldito casaco que eu tenha guardado. Eu ainda vou passar na
rua da tua casa e olhar pro pátio dela, lembrando de como aquele lugar era
bastante frequentado por mim. Eu ainda terei insônia por pensar em ti, ainda
terei que tomar meus remédios, fumar meus cigarros, beber meus whiskys
baratos... Eu ainda vou lembrar de você como alguém que me fez bem, que cuidou
de mim, e foda-se o resto, eu te amo e não acredito que isso irá passar até a primavera, então saiba que eu to
deixando você ir, pra sempre, ou até sentir minha falta. Você quem sabe, você
decide, você que vá viver.
Ótimo texto, você escreve super bem Luana! Me lembrou um garoto passado que já me causou tristezas, mas é bom que serve como lição para o próximo.
ResponderExcluirVem no Just Babis (:
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Barbara! Fico feliz com teu comentário, muitíssimo obrigada. Ah, essas lembranças... não é mesmo? Mas o bom de tudo isso é que rendem bons textos. HEHEHE
ResponderExcluirSeu blog é lindo, parabéns <3